sexta-feira, 4 de maio de 2012



Caaporã





Meio Ambiente
Lúcia Santos de Lima


I

Agora eu vou falar
Do nosso meio ambiente
Que o homem vive devastando
Sem dó e impiedosamente
Esquecendo que amanhã
Quem vai pagar caro é agente.

II

Começando pelos descartáveis
Muito prático nos dias atuais
Mas que são jogados fora
Na maioria dos locais
Sem procurar entender
Que eles poderão ser
Um dos impactos globais.

III

A natureza é muito linda
Não existe coisa igual
Como a beleza das flores
E os seus frutos naturais
Por mais que o homem tente
Clonar todos os componentes
Mas fazer igual jamais faz.

IV

 O nosso combustível é a água
Que aos poucos está se acabando
Com o aquecimento global
A Terra está esquentando
E se não preservarmos os rios
Nossa água vai embora
Pois está se evaporando.

V

O mundo está passando
Por momentos complicados
Com sujeira em toda parte
Ninguém está preocupado
O povo só vai sentir
Quando a natureza pedir
O que lhe foi devorado.

VI

Por falta do conhecimento
Estamos sempre destruindo
A nossa mãe natureza
Que clama por uma defesa
Mas o homem é um animal
Com extinto incondicional
Que não enxerga a clareza.

VII

Precisamos de ar puro
Para limpar os pulmões
Mas uma coisa é certa
Preste bastante atenção
Se o homem não ajudar
Sua consciência a mudar
Nada tem mais salvação.

VIII

Aqui em nossa cidade
Também não é diferente
O nosso meio ambiente
Era rico e atraente
Hoje só resta saudade
Dos rios, plantas e árvores
Que tinha em nossa cidade.

IX

Tinha a Cacimba do Cajá
Nascente do Passassunga
Depois vinha seu Abílio
Ambas correndo juntas
Chegando ao Rio da Raiz
Descendo o Rio da Bananeira
Era água pra vida inteira.

X

Seguindo vinha o Bom Negócio
E depois o Cacimbão
Mais em baixo vários rios
Até chegar o açudão
Que era uma coisa linda
Com águas limpas e cristalinas
Não era como hoje não.

XI

No Santo Antonio tinha o açudinho
Em Pindorama a Bica
Estes dois rios se cruzavam
E o rio Dois Ganchos formava
Seguindo o rio da Monteira
Desaguando na Água Doce
Na comunidade de Barreiras.

XII

Também tinha o Jenipapo
E a cacimba de Romeu
Que atendia o Piquete
E os conterrâneos seus
O ruim era a ladeira
Mas a água era de primeira
Igual não tinha outra não.

XIII

Em Tabu tinha o Rio do Trator
Descendo pelo Rio da Draga
Encontravam-se na Manguba de Dentro
Seguiam a mesma caminhada
Os três na mesma direção
Chegava até Boqueirão
Era muita água meu irmão.

XIV

Hoje estes rios sumiram
Vítimas do assoreamento
Mas o motivo de tudo
Foi mesmo o desmatamento
Pois o homem em sua ação
Onde ele põe a mão
Destrói desumanamente.

XV

A nossa floresta era
Bastante diversificada
Com árvore de vários portes
E de maneira qualificada
Mas o homem com ambição
Cortou tudo e foi ao chão
Eis aí um problemão.

XVI

Tinha a Mata de Tabu
Piranga e Cova do Anjo
O desenvolvimento é bom
Mas não precisa desmatar tanto
Vinha a mata ciliar
Não era preciso lembrar
Que essa protegia as fontes.

XVII

As nossas árvores frutíferas
Algumas até centenárias
Como a mangueira, a jaqueira
Araçás, goiabeiras e laranjeiras
Aos poucos estão acabando
Mas é preciso entender
Quem vai sentir falta é você.

XVIII

A nossa gigantesca manguba
Era um lindo cartão postal
Ela levou vários séculos
Para atingir seu ideal
Mas o homem com arrogância
E com sua ignorância
Fez pior que um vendaval.

XIX

Os nossos animais sofreram
Com este impacto ambiental
As pacas, tatus e preás
Estes já não se veem mais
Outros animais então,
Tamanduá, Teju e Camaleão
Sumiram todos, meu irmão.

XX

Os nossos manguezais
Também foram ameaçados
Talvez com esta Resex
Eles sejam preservados
Porque o ser humano
Só vai atender mesmo
Aquilo que é obrigado.

XXI

Seguindo ao boqueirão
Você também encontrava
Grande reserva de cajueiro
Que também foi ameaçada
Se você chegar até lá
Ainda consegue encontrar
O pouco que restou por lá.

XXII

Na localidade da linha
Ao lado da Mata de Tabu
Você também encontrava
Outra reserva de caju
Tinha também no local
Outra fruta sensacional
A maçaranduba, que legal!

XXIII

O desenvolvimento é importante
Nos nossos dias atuais
E a nossa tecnologia
Esta nem se fala mais
Cadê as casas de farinha?
Que Caaporã antes tinha
E hoje não se vê mais.

XXIV

Em Caaporã nós temos
Que nos conscientizar
Para preservar o que temos
E a vida continuar
Para que futuras gerações
Com nossas boas ações
Venha se beneficiar.

XXV

O nosso meio ambiente
Precisa mesmo ser preservado
Espero eu todos entendam
E aceite este recado
Protegendo a natureza
Esta grande beleza
Que de graça nos foi dado.

XXVI

A palavra preservação
E difícil de entender
Mas no meio ambiente
É o que devemos fazer
Porque um recurso utilizado
Se for bem conservado
A natureza vai agradecer.

XXVII

Caaporã está precisando
O povo se conscientizar
Não jogando lixo na rua
Coloque pra o carro levar
Mantenha a cidade limpa
Preserve o meio ambiente
Que você só tem a ganhar.

XXVIII

Aqui em nossas escolas
Vamos plantar a semente
E transformar nossas crianças
Em verdadeiros agentes
Para que eles aprendam
Lutar para proteger
O nosso meio ambiente.

XXIX

Não existe coisa mais linda
Do que a nossa natureza
Só o nosso criador
Para fazer tanta beleza
Então agradeça a Deus
Por este lindo presente
Que um dia ele nos deu.

XXX

Aqui vou terminando
Mandando mais um abraço
A todos que fazem parte
Aqui da nossa cidade
E ao povo de Cupissura
Quero aqui parabenizar
Pela beleza dos rios
Que tem naquele lugar.











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