domingo, 21 de fevereiro de 2016

Cordel Dedicado ao Escritor Domicio Coutinho

I

Queridos Caaporenses
Prestem bem atenção
Este cordel que eu faço
É com grande emoção
Homenageando esta pessoa
Que veio a nossa cidade
A quem tenho admiração.

II

Esta pessoa é
Um grande conterrâneo
Que há 56 anos vive
Num país que não é nosso
Mas todos hão de convir
Que hoje ele está aqui
Neste recanto que é nosso.

III

Este conterrâneo é
O Senhor Domício Coutinho
Que saiu da nossa cidade
Ainda bem pequenininho
Mas que hoje veio rever

O seu pequeno torrãozinho.
                                                                              IV
A sua biografia
Agora eu vou relatar
Com muito orgulho e carinho
Sua história contar
Para que todos saibam
O tesouro escondido
Que tinha este lugar.

V

José Domício Coutinho
É o seu nome completo
É natural de Caaporã
No tempo de Boca da Mata
Nós só temos a agradecer
Por nossa cidade ter
Um cidadão diplomata.

VI

Domício Coutinho nasceu
Em primeiro de maio de 1931
É casado com Socorro Vanzan
A mulher de quem ele é fã
Que lhe trouxe sucesso na vida
Dando-lhe dois filhos maravilhosos
Formando sua nova família.

VII

Senhor Domício Coutinho
Talvez não conheceu seu pai
O mesmo faleceu muito cedo
Deixando um vazio total
Numa família de 7 filhos
Que no romper do ano novo
Ficaram todos sem pai.

VIII
             
Sua mãe preocupada
Com o que aconteceu
Vendeu tudo que tinha
Foi assim que sucedeu
Partiu com suas riquezas
Seus 7 filhos queridos
Que um dia Jesus lhe deu.

IX

Partindo com estes filhos
Para o Estado de Pernambuco
Para tentar a sorte
E também recomeçar tudo
Confiando no próprio destino
Pediu proteção ao Divino
E seguiu seu novo rumo.

X

Chegando em Pernambuco
Começou a sua luta
Para criar seus filhos
Mas não desistiu da labuta
Pois o ditado já diz
Fardo pesado Jesus só dar
A quem pode carregar.

XI

Os tempos se passaram
Domício começou a estudar
Aos doze anos de idade
O seminário foi frequentar
Pois era sua vocação
Servir de sacristão
E para Jesus trabalhar.

XII

              Estudou em uma escola na Várzea
              Depois no seminário em Olinda
              Seguindo sua vocação
             Dentro daquela instituição
             Foi até a região Sul
             Onde fez Filosofia
             No estado do Rio Grande do Sul.

Não pense que parou
Agora é que começou
Domício foi mais além
Bacharelou-se em Teologia
Isto foi em Roma
Na capital da Itália
Que ele estudou também.

                                 XIV

Faltava-lhe um ano
Para sua ordenação
Quando Domício descobriu
Que não era a sua vocação
Desistiu do celibato
Pois não era seu “barato”
A vida de padre não.

XV
             
Voltou para o Recife
Mas não desistiu de estudar
Bacharelou-se em Anglo- Germânica
Ali era o seu lugar
Concluindo também
O segundo ano de direito
Mas nada deixou passar.

XVI

Neste mesmo período
Domício então resolveu
Rever o seu grande amor
Que em Viena deixou
Era uma viagem triangular
Que incluía Nova York
E também este lugar.

XVII

Na catedral São Patrício
Domício foi até lá
Ouvir do famoso Fulton Sheen
E seus pecados confessar
Não sei o que tinha feito
Mas queria de todo jeito
Sua consciência limpar.

XVIII

Naquele momento Domício
Começou a lhe falar
O que tinha acontecido
Em sua vida particular
O pecado não saia em inglês
Domício disse-lhe então
É em latim que eu vou contar.

XIX

O padre impressionado
Com a sua confissão
Não se sabe com o pecado
Ou com o latim então
Resolveu dar a Domício
Ali mesmo naquela igreja
Um emprego de sacristão.

XX

A partir daquele momento
Domício estava empregado
Com mesada e salário mínimo
Para auxiliar aquele padre
Foi assim que aconteceu
Na cidade de Nova York
Os primeiros dias seu.

XXI
Depois de três meses
Domício voltou a estudar
Na Universidade de Nova York
O mestrado foi cursar
Defendendo a tese
Em literatura comparada
E mais um objetivo alcançar.


XXII

Mas ainda tem mais
Não pense que parou
Domício também é escritor
Autor de várias obras
Em inglês, espanhol e português
Ele é mesmo um poliglota.

XXIII

 No ano de 1976
Domício também lançou
Seu primeiro livro de poesias
Que de Salomônica chamou
A  Pongetti  editou
A obra deste autor
Que é de grande valor.

XXIV

Vejam só minha gente
Ele é muito inteligente
Escreveu outro livro
Que é cara da gente
Este livro chama-se
Aventuras de um Pau-de-Arara
Que do nordestino é mesmo a cara.

XXV

Ele escreveu também
Duke o Cachorro Padre
Um livro de romance
Editado pela Bagaço
Por sinal muito importante
Você viaja no mundo
Ao lado dos seus componentes.

XXVI

Domício Coutinho hoje
Vive em Nova York
Com sua biblioteca brasileira
Atendendo os seus negócios
Venceu todas as barreiras
Teve uma brilhante carreira
E conquistou seu espaço.

XXVII

Este Caaporense hoje é
Destaque em nosso pais
É um paraibano ilustre
Que conquistou o que quis
É por isto que eu me orgulho
De ter esta criatura
Da cidade onde nasci.

XXVIII

Obrigada Senhor Domício
Por ter atendido o convite
E ter vindo a nossa cidade
Que também é seu recinto
Por isto sinta-se à vontade
Nesta pequena cidade
Porque dela você faz parte.


XXIX

Senhor Domício Coutinho
Caaporã só tem a te agradecer
Por este momento impar
E que foi para valer
Pois sua história de vida
Já ficou registrado
Para todo Caaporense saber.

XXX
Aqui eu vou terminando
Este cordel que eu faço
Dedicado a Domício e família
Pelo brilhante trabalho
De mostrar para Nova York
A cultura brasileira
E também seus exemplares.

Domício Coutinho

Lúcia Santos de Lima

Recebi hoje a ilustre visita do Caaporense (natural de Boca da Mata) Sr. José Domício Coutinho, escritor, presidente e fundador da Biblioteca Brasileira em Nova York, nos Estados Unidos, onde o mesmo reside a 56 anos. Autor de várias obras literárias o qual me sinto honrada em tê-lo como conterrâneo.











sábado, 13 de fevereiro de 2016

Homenagem ao Distrito de Cupissura. Autora; Lucia Santos

CUPISSURA
I
Preste bem atenção
No que eu vou relatar
Sobre um distrito querido
Que existe neste lugar
Seu nome é Cupissura
Que pertence a Caaporã
Orgulho deste lugar.
II
Conforme lei N 3.334
Cupissura foi criado
Em 8 de novembro de 1977
E de distrito foi chamado
Este fato aconteceu
No governo Ivan Bichara
É assim que a lei declara.
III
Este distrito tem
Uma população exemplar
De mais de 5 mil habitantes
Morando neste lugar
Ele é muito importante
Com a sua contribuição
Caaporã só tem a ganhar.
IV
O povoado de Cupissura
Como antes era chamado
Já tem uma longa história
Desde seus antepassados
Que viveram seus momentos
Deixando lições de vida
Para seus filhos amados.
V
Cupissura minha amada
Terra dos meus ancestrais
Dona de uma riqueza
De belezas naturais
Tenho ai minhas raízes
É por isto que te digo
Não te esqueço jamais.
VI
Cupissura é um distrito
Muito bom de se morar
De pessoas educadas
E gostam de trabalhar
Pois Jesus com seu carinho
Sempre cuida direitinho
Do povo deste lugar.
VII
Cupissura também tem
Um lindo cartão postal
É a cachoeira de Tiririca
Lugar muito especial
Você curte a natureza
E também a beleza
Que tem aquele local.
VIII
Visite a cachoeira
Garanto você vai gostar
De suas águas geladas
E da natureza do lugar
Com suas árvores sombrias
As margens da cachoeira
Pronta pra lhe esperar.
IX
Lá você vai encontrar
Um barzinho bem legal
Com cerveja e Red Bull
Pra levantar seu astral
Tem também vários petiscos
Refrigerante e Wisk
Pra quem é do social.
X
Mais ainda tem mais
Preste bem atenção
Tem a dose de pinga
De São Paulo ou Alcatrão
Mais é preciso cuidado
Não seja exagerado
Pra não gerar confusão.
XI
A nossa amiga Meury
E o seu amado esposo
Estão sempre a lhe atender
No seu barzinho estiloso
Atendendo com educação
E também dedicação
Tudo que tem de gostoso.
XII
O bar de Toró e Meury
Ele é muito aconchegante
Com um bom atendimento
A todos os visitantes
Você também pode se deliciar
Dos banhos de rio
Que tem ao lado do bar.
XIII
Tem o rio Pitanga
Outro cartão Postal
Ao lado daquela ponte
Bem ali na principal
Com seus lindos dendezeiros
As margens daquele rio
Que tinha um potencial.
XIV
Este rio está precisando
De uma revitalização
Para atrair o turista
Até de outra região
Pois é um bom ponto turístico
O que precisa é apenas
Mais um pouco de atenção.
XV
O rio Pitanga já foi
De grande importância histórica
Na industria artesanal
Ganhou fama lá fora
Na fabricação do óleo de dendê
Que era feito ali na hora.
XVI
O Distrito de Cupissura
Foi destaque no óleo dendê
Ali no rio Pitanga
A produção era pra valer
Toda semana era exportado
O óleo ali fabricado
Extraído do fruto dendê
XVII
Em Cupissura também tem
O famoso artesanato
Lá você vai encontrar
Tudo que imaginar
Todos os tipos de peças
Da cerâmica existente
Dali daquele lugar.
XVIII
O Distrito de Cupissura
É rico por natureza
Só mesmo o criador
Para fazer tanta beleza
Com sua mina de argila
Que é vendida lá fora
Para a cerâmica vermelha.
XIX
Está argila é
Formada pela decomposição
Dos calcários cretáceos
Existente na região
É o chamado massapé
Com sua exploração
Que neste distrito se ver.
XX
Este massapé ´e moldado
Pelas mãos do artesão
Que fabrica várias peças
De utensilio e decoração
Usando sua criatividade
Trabalhando com honestidade
Amor e dedicação.
XXI
No Distrito de Cupissura
Tem Zé Patrício e família
Que faz este trabalho
Em sua própria olaria
Passando de pai para filho
Gerando emprego e renda
Com toda sua família.
XXII
Cupissura ainda tem
Outro grande potencial
É rica em recursos hídricos
Vindo dos mananciais
Mais uma vez a natureza
Contemplou com este beleza
Que são os seus rios locais.
XXIII
Não deixes Cupissura
Que acabe com esta riqueza
Que de graça lhes foi dado
Querendo levar nossa água
Para a grande João Pessoa
Que é capital do Estado.
XXIV
Cuidado !  Cupissura
Para não se arrepender
O desenvolvimento é bom
Mas a agressão é pra valer
Contra a nossa naruteza
Esta grande beleza
Que só em Cupissura se ver.
XXV
Mais ainda tem mais
Preste bem atenção
Tem os areieiros
Com a sua exploração
Vendendo carradas de areia
Que serão utilizadas
Em diversas construções.
XXVI
Muito bom os areieiros
Mais é preciso cuidado
Cuide do meio ambiente
Para não causar impacto
Explore com zelo e calma
Para depois que a natureza cobrar
Você não pagar dobrado.
XXVII
Cupissura antes tinha
Várias casas de farinhas
A de seu Biu e Eutique
E também a de Mariquinha
Que empregava muita gente
No preparo da mandioca
Para a fabricação da farinha.
XXVIII
Cupissura hoje está
Bastante modernizada
Com creche, escolas e praças
Um estádio e uma quadra
Mais também tem futebol
Que com sua rapaziada
Só dale de goleada.
XXIX
Cupissura é um distrito
Abençoado por Deus
Pela própria natureza
E pelos os moradores seus
É por isto que Caaporã
Tem orgulho em dizer
Que este distrito é seu.
XXX
Aqui eu finalizo
Mais um cordel que eu faço
Homenageando Cupissura
A quem vai o meu abraço
E a todos os seus habitantes
Que Deus esteja na frente
Guiando sempre seus passos.


!